Desde a abertura dos portos, em 1808, muitos estrangeiros visitaram, curiosos, o Rio de Janeiro. Durante a primeira metade do século XIX, o crescimento do tráfico de escravos trouxe à cidade tantos africanos que um desses viajantes, Johann Moritz Rugendas, chegou a avaliar que, à exceção do continente africano, o Rio era o “único lugar da Terra” que reunia “membros de quase todas as tribos da África”. Este livro examina o modo como esses muitos escravos africanos foram vistos e avaliados pelos viajantes europeus que estiveram no Rio de Janeiro nesse período. Investigando as concepções científicas e estéticas que orientaram o olhar e o julgamento desses estrangeiros, oferece uma contribuição preciosa para decodificar sentidos e significados de textos largamente usados pelos historiadores da escravidão e da sociedade no Brasil oitocentista.
Eneida Maria Mercadante Sela possui graduação em História (1998), mestrado em História Social do Trabalho (2001) e doutorado em História Social (2006) pela Unicamp. Tem experiência na área de História do Brasil, atuando especialmente nos seguintes temas: Viajantes estrangeiros no Brasil oitocentista (literatura e iconografia); Cultura e sociedade no período joanino e Primeiro Reinado; Iconografia, Ciências Naturais e Pensamento racista europeus entre os séculos XVIII e XIX; Escravidão negra oitocentista.
Modos de ser, modos de ver
- Autora: Eneida Maria Mercadante Sela
- Editora: Editora da Unicamp
- Data da publicação: 16 março 2009
- Edição: 1ª
- Idioma: Português
- Número de páginas: 424 páginas
- ISBN-10: 8526808273
- ISBN-13: 978-8526808270
- Peso do produto: 480 g
- Dimensões: 21 x 13.6 x 2.4 cm
